sábado, julho 30, 2011

Escrever ou digitar? A substituição de uma arte por uma tecnologia




Há alguns dias atrás vi uma matéria em um jornal diário a respeito da suposta extinção da escrita. Em algumas escolas dos estados Unidos o uso da escrita não é mais obrigatório e foi substituído pelo uso da digitação. A questão era, “a escrita será extinta pela digitação?” Muitas pessoas acreditam que sim e defendem esta ideia dada a facilidade que se tem ao digitar, pois não é preciso saber escrever certo e nem ter letra bonita, o Word faz isso por você. Esta facilidade requer menos do aluno, o que para muitos é uma vantagem. Eu vou mais além, se a escrita for substituída pela digitação o uso excessivo de papel e lápis cessará e consequentemente, menos arvores serão derrubadas. Logo, o meio ambiente ganha mais uma chance de ser preservado. Bom, não é!?

Entretanto outros são contra esta ideia por crerem que esta substituição tornará o homem mais dependente da tecnologia e preguiçoso. Mais uma vez vou mais além, somado à dependência e a preguiça o risco de seres humanos semianalfabetos crescerá! Com a correção automática do Word não será preciso se preocupar em como escrever a palavra corretamente, o que nos levará a esquecer a maneira correta de escrever sem precisar recorrer ao Word. Os números de pessoas semianalfabetas subirão e as futuras gerações, essas com certeza não saberão escrever. E a prática do escrever que leva muitos a exercitarem (talvez) o único dom que possuem, o de escrever bem, com uma letra bonita? O prazer em escrever do próprio punho, seja para alguém ou para si. Isto fica como?

A escrita é uma arte, assim como, a pintura, o cinema e o teatro são, portanto deve ser preservada, deve ser praticada. É a forma de comunicação mais personalizada que existe, mexe com a nossa coordenação, com a nossa mente e exterioriza aquilo que e quem somos ao escrever. É uma terapia, nos alivia nos momentos de tensão, de desespero. É uma declaração que fala por nos quando falta coragem. Por isso, é fundamental perpetuar este dom que Deus nos deu, este dom que é só nosso, este dom que escorre do coração para a ponta do papel.

Lívia Almeida